domingo, 15 de agosto de 2010

O show do Nevilton

Meio sem querer, vi duas vezes um dos melhores shows do ano.

A banda Nevilton já passou duas vezes por Bauru e deu mostras que sabe fazer um bom show. Cheio de referências que não compõem um estilo definido, mas uma divertida de se ver.

O power trio toca um rock limpo, guitarradas setentistas, com boas letras. Ao longo do show, a banda apresenta "citações" de Beatles, Doors, Hendrix, Hellacopters, Queens of the Stone Age, Raul Seixas  e Luiz Gonzaga (!).

O Nevilton não se preza por manter a pose de roqueiros.  Conversam durante o show, pedem sugestões de música pra galera. O Nevilton (o vocalista que também é o nome da banda) faz o que todo garoto de 15 anos sonha quando viaja num Air Guitar. Lobão (baixista) e Nevilton (guitarrista e vocal) se contorcem nos solos, dão pulos nas viradas, curtem o próprio show.

Pra quem vai no SWU, há boatos que eles vão tocar no primeiro dia. Vale a pena curtir.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Tweet do Brendan Benson

E não é que esse blog serviu para alguma coisa?! Qual não foi a minha surpresa quando o perfil do Brendan Benson  no twitter (que não é ele, mas uma equipe dele) me citou sem eu nem mesmo segui-lo. Não há outra maneira. Alguém de algum lugar do mundo viu esse singelo blog e achou legal o post anterior a esse.

Aliás, descobri o vídeo através da Babee . Crédito dela.  

É claro que é só um tweet inocente e tal, mas admitam... é bem legal!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

CéU... ah, CéU



Segue abaixo uma resenha que fiz ano passado sobre Vagarosa, segundo disco da cantora CéU e considerado pela Rolling Stone e por muitos o melhor do ano de 2009. O disco é bonzão.


Quando o primeiro de disco de CéU foi lançado (CéU) em 2007, a paulistana já destoava de um grande montante de cantoras de saia-rodada, pés no chão e a MPB de sempre. O disco tinha aproximações com o reggae, o jazz, o samba e abusava de vários efeitos eletrônicos. No segundo álbum, esses vários elementos continuam presentes, porém numa forma mais orgânica, mais tocada.

Vagarosa (2009) apresenta a multiplicidade musical de uma cantora madura. Em cada música consegue chegar a lugares totalmente diferentes (uma mistura de jazz, soul, samba, MPB, reggae, psicodelia) mas toca o ouvinte sempre nas melodias, batidas marcadas e uma voz marcante. Esse paradoxo de diferença e unidade está presente em "Sobre o amor e seu trabalho silencioso", um "sambinha do morro" de menos de um minuto que abre o álbum, "Papa" uma batida jamaicana, com um toque de metais característico de jazzista parisiense e "Espaçonave" um rockzinho cheio de distorções que fecham o disco.

É um disco para se escutar com fone de ouvido. É para se debruçar nos detalhes e matizes dos sons de uma brasileira que faz uma música do mundo, não deixando de ser extremamente brasileira e original. Destaques para as faixas "Cangote" e "Grains de Beaute" de cadência e batida que entra na cabeça. Ouça também "Rosa Menina Rosa", originalmente um samba rock de Jorge Bem , mostra agora na versão de CéU uma canção com efeitos psicodélicos viajandões.

CéU consegue fazer um disco fluente, em que, apesar de apresentar músicas de origens diferentes, consegue chegar num fluxo consistente. Justo como diz a faixa "Bubuia". A palavra representa um fluxo, uma torrente. Assim é Vagarosa. Não tentando designar um estilo de som para todo um disco, CéU faz um disco com a sua cara, em que não dá para confundir voz e  ritmo, nem pode estar fora da lista de melhores álbuns de 2009.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Lutando contra o mundo

Esse é um lugar de luta contra a monotonia. Aqui nesse blog, por vezes, estarão expostas escritas incoerentes e ideias desconexas, mas o que importa é o fazer. Ver aquilo que do ruim se tornou bom.

O que vale é que uso desse espaço para não se abater com a rotina do dia, com aquelas pequenas coisinhas que fazem um minuto não valer a pena porque o outro já vem a seguir. E se escrevo é porque algo de diferente aconteceu na minha vida ou na vida de alguém. Isso já vale.

Cada vez mais me convenço que mais do que genialidade é preciso atitude, vontade, para se ter sucesso em alguma coisa. Por isso escrevo. Se não vai na inspiração, vai ser no tranco.

Segue abaixo um trecho do documentário It Might Get Loud, em que Jack White fala do cantor de blues dos anos 20, Son House, e sua luta contra o mundo (os brancos durante a Guerra Civil, na verdade). É nesse espírito que começo o blog e termino o primeiro post.